A literatura compartilhada tem como lar a Instituição Educacional de Duque de Caxias - FEUDUC. Agregamos muitos projetos aliados a muitos sonhos. Dia após dia nos dedicamos à ensinar, a doar tudo o que somos e aquilo que ainda não somos rapidinho à gente cuida de ser. Superação, a superação, sabemos bem o que é isto. Nossos sonhos estão vivos, nesses corações feuduquianos, CAP e Faculdade, junte-se a nós.

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sábado, 15 de outubro de 2011

A Cartomante - peça teatral

A maioria dos nossos textos Teatrais são adaptações de obras de autores famosos.

Adaptação do conto: A cartomante de Machado de Assis



Personagens:
Narrador
Rita (esposa)
Vilela (marido)
Camilo (amante)
Cartomante




Música de fundo: elephant.






Rita: há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia.  


Camilo:Rindo diz- você foi consultar uma cartomante?


Rita: Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas começou a botar as cartas, disse-me: "A senhora gosta de uma pessoa..." Confessei que sim, e então ela continuou a botar as cartas, combinou-as, e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não era verdade...


Camilo: Errou!  rindo.( ar irônico)


Rita: Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho andado, por sua causa. Você sabe; já lhe disse. Não ria de mim, não ria...


Camilo: pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo.   - Rita eu lhe quero muito,  os seus sustos parecem de criança; em todo o caso, quando tiver algum receio, a melhor cartomante sou eu mesmo.  Onde é a casa?


Rita: Aqui perto, na rua da Guarda Velha; não passava ninguém nessa ocasião. Descansa; eu não sou maluca.


Camilo: riu outra vez: Tu crês deveras nessas coisas? 


Rita:Se você não acredita, paciência; mas o certo é que a cartomante adivinhou tudo.
(tranqüila e satisfeita.)


Narrador: ia falar, mas reprimiu-se,lembrou-se das várias crendices de sua mãe. Contentou-se em levantar os ombros, e foi andando.


(Separaram-se contentes,) Rita passou na rua olhando para a casa da cartomante.
Nessa hora eles saem de cena, cada um para um lado e entra o narrador.


Narrador:Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura, e nenhuma explicação das origens. Vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de infância. Vilela seguiu a carreira de magistrado. Camilo entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo preferiu não ser nada, até que a mãe lhe arranjou um emprego público. No princípio de 1869, voltou VIlela da província, onde casara com uma dama formosa e tonta.


(Rita e Vilela dão uma voltinha ao som da Música: talking to the moon - bruno mars)


 Narrador: abandonou a magistratura e veio abrir banca de advogado. e foi a bordo receber Camilo que havia arranjado casa para os lados de Botafogo.


Rita: É o senhor?  estendendo-lhe a mão. Não imagina como meu marido é seu amigo; falava sempre do senhor.


Narrador: Camilo e Vilela olharam-se com ternura. 


Camilo: Meu amigo, quanto tempo.


Vilela: Vamos a minha casa, tomar um vinho.


Camilo chega, senta-se a mesa.


Vilela: Rita, serve o Camilo.


Narrador: Uniram-se os três. Convivência trouxe intimidade. 


Camilo: O vinho está ótimo mas eu preciso ir.


Vilela insiste, mas Camilo vai embora. Rita Leva Camilo até a Porta.


Narrador: Como daí chegaram ao amor, não o soube ele nunca. 


Música de fundo.


Narrador: Alguns dias depois Camilo volta a casa de Vilela.


Vilela: Camilo meu amigo, pena não ter tempo para prosiarmos, mas Rita está em casa e te fará companhia.


Narrador: A verdade é que Camilo gostava de passar as horas ao lado dela; 


Rita: (Rita sentada com alguns livros na mão) Camilo, conheces esse livro de Machado de Assis? Chama-se Memórias Póstumas de Brás Cubas.


Camilo: Não, não conheço.


Rita: este outro é um conto A Cartomante..


(Vilela bate a porta, meio que avisando que chegou)


Rita: Vilela, porque chegara tão cedo?


Vilela: é que descobri que hoje é aniversário de Camilo.


Narrador: Um dia, fazendo ele anos, recebeu de Vilela uma rica bengala de presente, e de Rita apenas um cartão com um vulgar cumprimento a lápis.


Camilo: Obrigado, não precisava se incomodar.

Narrador: quis sinceramente fugir mas já não pôde.


Camilo: Meu Deus eu não posso fazer isso com Vilela, ele é tão meu amigo, sempre me apoiou, ah amigo que nada. Adeus, escrúpulos!  


musiquinha de fundo. Camilo vai ao encontro de Rita.


 Camilo: -Rita recebi uma carta anônima. Estou tão preocupado! ABRIRA A CARTA. imoral e pérfido, a aventura é sabida de todos.   


Rita: Meu Deus, eu também tenho recebido cartas anonimas.


Camilo: Estou com  medo, vou  rarear as  visitas à casa de Vilela.


Narrador: Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu à cartomante.


Rita: Meu Deus o que vou fazer? Será que conto tudo a Vilela? Não posso! Alguém da platéia sabe  que eu devo fazer? Eu estou desesperada! Nossa uma cartomante.


Cartomante: sente-se. (suspense) A senhora gosta de uma pessoa. 


Rita: sim


Cartomante: vejamos o que as cartas dizem à senhora.

As cartas dizem-me que ele o ama muito, a senhora tem medo que ele lhe esqueça, mas isso não acontecerá.



Rita: obrigada.


Narrador: Vimos que a cartomante restituiu-lhe a confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez. Correram ainda algumas semanas. Camilo recebeu mais duas ou três cartas anônimas, tão apaixonadas, que não podiam ser advertência da virtude, mas despeito de algum pretendente;


Rita: fui a uma cartomante.


Camilo: Você foi a uma cartomante?


Rita: Pois saiba que foi e que ela adivinhou o motivo da minha consulta antes mesmo que eu lhe dissesse.


Rita: Camilo, eu acho que tu deverias voltar a visitar nossa casa.


Camilo: Rita, aparecer depois de tantos meses é confirmar a suspeita ou denúncia. 


Vilela: Meu amigo andas ausentes, o que houve? 


 Camilo:  o motivo  uma paixão frívola de rapaz. 


Narrador: Decidiram então se afastar totalmente, combinaram que só se corresponderiam por cartas.(suspense)
Certa vez, Camilo recebeu um bilhete de Vilela.


Camilo:  Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te sem demora, Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te sem demora, Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te sem demora, Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te sem demora, .


Narrador: Camilo acho muito estranho o fato de Vilela o ter chamado à casa, quando o mais normal seria ao escritório.


Camilo:  Quanto antes, melhor, pensou ele; não posso estar assim...


Narrador: O tempo voava. Quase no fim da rua da Guarda Velha. Reparou que ao lado, à esquerda, ficava a casa da cartomante, a quem Rita consultara uma vez, e nunca ele desejou tanto crer na lição das cartas.


Narrador: Rapidamente pensou, pensou, tentou voltar mais a curiosidade o corroia, tomou coragem e entrou.


Cartomante: sente-se rapaz. (pegar baralho, e colocar três cartas pra ele).


Cartomante: Vejamos primeiro o que é que o traz aqui. O está muito assustado...


Camilo: calança a cabeça (sim).


Cartomante:  E quer saber, se lhe acontecerá alguma coisa ou não...


Camilo: A mim e a ela, explicou vivamente ele.


Cartomante: fique calmo. (corta outra vez o baralho)


Cartomante:  As cartas dizem-me...


Cartomante: Meu rapaz, não tenha medo de nada. Nada de ruim vai acontecer a você e nem a ela. Vocês tem um grande amor, e este amor superará todos os obstáculos. vá em paz.


Camilo:  A senhora restituiu-me a paz ao espírito, disse ele estendendo a mão por cima da mesa e apertando a da cartomante.


Cartomante: Vá, disse ela; vá, ragazzo innamorato... (com o dedo indicador apertar a testa de Camilo, logo depois pegar uvas e começar a comer).


Narrador: Camilo ansioso para ir ao encontro de Vilela, não sabia como pagar.


Camilo: Passas custam dinheiro, disse ele afinal, tirando a carteira. Quantas quer mandar buscar?


Cartomante: Pergunte ao seu coração, respondeu ela.


(Logo após Camilo tira da carteira uma boa quantia e paga a cartomante)


Cartomante: Vejo bem que o senhor gosta muito dela... E faz bem; ela gosta muito do senhor. Vá, vá tranqüilo. Olhe o caminho, é escuro; ponha o chapéu...


Narrador: Tudo lhe parecia agora melhor, as outras cousas traziam outro aspecto.


Camilo: Cheguei a pensar que Vilela tinha descuberto tudo, como eu sou tolo. (risos) Vilela deve estar precisando da minha ajuda para resolver algum négocio da repartição.


Narrador:  Preciso me apressar, repetia ele.
 Daí a pouco chegou à casa de Vilela. Encontrou a porta aberta e um grande silêncio. 
Eis que aparecu-lhe Vilela, com feições frias e decompostas.
(música de suspense)


Camilo:  Desculpa, não pude vir mais cedo; que há?


Vilela: fica em silêncio. (Camilo vê Rita morta no chão)


Camilo: Rita, o que aconteceu com você Rita. Fala comigo Rita.


Vilela: eu fiz o que você pediu que eu fizesse. Eu te tratei como um irmão e você me traiu, imoral e pérfido à aventura é sabida por mim. Traíra melancólico. 
(Com dois tiros Vilela mata Camilo.)


Música do final: Brasil mostra sua cara.







7 comentários:

vaniza disse...

Gostei dessa adaptação , preciso da adaptação do livro
Luciola, podes me ajudar.....ou me dizer como faço pra encontrar , obrigada

Anônimo disse...

a musica "elephant", quem canta?

Anônimo disse...

Creio eu que seja esta https://www.youtube.com/watch?v=SWSz_PAfgNc , Elephant Gun - Beirut.

Sílvia disse...

Amei! 👏👏👏

Unknown disse...

Amei essa história

hadryinjaimyla disse...

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Anônimo disse...

Adorei . Estou trabalhando com meus alunos .